terça-feira, 30 de novembro de 2010

Milho OGM diminui em Portugal


Pela primeira vez desde 2005, a área cultivada com transgénicos foi mais pequena este ano do que no ano passado. Também pela primeira vez uma região "desapareceu do mapa": em 2010 o Algarve deixou de ter cultivos transgénicos (entre 2007 e 2009, ao arrepio da vontade política da região, apenas a Herdade da Lameira, em Silves, tinha cultivado anualmente entre 40 e 50 hectares de milho transgénico).



Ou seja, o gráfico diz tudo: a cultura de milho transgénico diminuiu em Portugal! 

Se o Ministério da Agricultura, em vez de promover uma tecnologia patenteada cujo lucro reverte directamente para multinacionais estrangeiras, desse atenção e apoiasse o desenvolvimento de processos e boas práticas capazes de resolver de forma ecológica e sustentável o problema da broca do milho, o milho OGM dexaria de ter qualquer interesse para os agricultores portugueses.

Todos os gráficos foram construídos com base nos números oficiais sobre transgénicos publicados pela Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura.

domingo, 28 de novembro de 2010

Derrota da Monsanto na Alemanha




A Monsanto e o lobby pró-OGM sofreram uma grande derrota na Alemanha. 
O Tribunal Constitucional Federal reafirmou a 24 de Novembro de 2010, a legitimidade da legislação alemã, que estabelece uma abordagem preventiva dos OGMO tribunal alemão reconhece também os riscos desconhecidos de OGM a longo prazo.

O ataque da Monsanto

Em 2005, um dos 16 estados alemães, Saxónia-Anhalt, apoiado por um advogado da Monsanto (Freshfield & Co), entrou com uma acção judicial contestando a legislação alemã sobre os OGM. Em particular, ele atacou-se ao regime de responsabilidade estrita assim como o registo público obrigatório da localização exacta dos campos de ensaios de OGM. O lobby pró-OGM afirmou que a legislação impedia que os agricultores plantassem OGM e, portanto, violava a Constituição.

Após 5 anos de deliberações, o supremo tribunal alemão reiterou que os riscos dos OGM a longo prazo são desconhecidos devido à falta de dados científicos. Portanto, o governo alemão tem a obrigação de agir com prudência para proteger o ambiente para as gerações futuras.

Na sua decisão o juiz repetiu várias vezes que a engenharia genética altera a estrutura da própria vida, o que pode ter efeitos irreversíveis. Portanto, um alto nível de cuidado em torno do cultivo e comercialização de OGM é perfeitamente legítimo.



Registo público obrigatório

Um dos alvos da acção do lobby  pró-OGM punha em causa o registo obrigatório e público da localização de campos de ensaio de OGM. O tribunal confirmou que o registo, tal como existiu até agora é muito importante no contexto de uma sociedade democrática e pluralista. Para os juízes, o registro também fornece um meio para informar a sociedade e contribui para o processo de debate público.


A responsabilidade estrita

Outra medida contestada pelo lobby OGM foi o regime de responsabilidade estrita ou objectiva. Na Alemanha, um agricultor que planta transgénicos é considerado responsável se contaminar um campo próximo. O Tribunal Constitucional Federal alemão mantém as regras da responsabilidade objectiva, e especifica que os OGM têm impactos negativos sobre a agricultura biológica.

A decisão do tribunal alemão está em perfeita harmonia com o recente acordo alcançado na Organização das Nações Unidas durante a reunião em Nagoya no Japão sobre Biossegurança. Os países podem agora adoptar uma responsabilidade nacional para cumprir as suas obrigações ao abrigo do Protocolo de Biossegurança.


A decisão na Alemanha e o acordo de Nagoya, devem incentivar outros países a adoptar um regime de responsabilidade objectiva para a contaminação causada por transgênicos semelhante ao da Alemanha.

Adaptado de um blog escrito por Stephanie Towe-Rimkeit, militante responsável da campanha agricultura sustentável da Greenpeace na Alemanha.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

REGRESSO ÀS ORIGENS - Reportagem da RTP sobre Permacultura em Portugal



Linha da Frente - Informação - Actualidades RTP 1 - Multimédia RTP


Numa altura em que a crise coloca graves constrangimentos nos orçamentos das famílias portuguesas, a RTP foi à procura de gente que acautelou o futuro, mudando hábitos de consumo, comportamentos, no sentido de garantir um modo de vida auto-sustentável.

Histórias de pessoas que se tornaram mais felizes com menos.
Seguem os princípios da Permacultura, isto é, a cultura da natureza.

Nesta reportagem do Linha da Frente, acompanhamos o quotidiano de uma conhecida manequim dos anos oitenta, a Maria Afonso Sancho, que deixou Lisboa e foi-se instalar no Montijo. Mudou todos os seus hábitos optando assim por uma vida ligada à natureza.
Tem um jardim comestível e dedica-se à agricultura biológica.
E agora, quando tem de fazer compras, não faz grandes gastos.

Outro caso, é o do Helder Valente que vive no centro de Lisboa, e que transformou o quintal do apartamento numa horta com dezenas de plantas e flores. Durante uma parte do ano ele e a sua esposa vivem do que produz a horta. Chamaram-lhe a Toca do rebento.

Histórias cruzadas que se ligam com a Loja do Vizinho, em Pombal. Um lugar de troca de produtos e objectos em segunda mão.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Prémio Dardos


Foi com enorme satisfação que este blogue recebeu o Prémio Dardos das mãos da Manuela Araújo do blogue Sustentabilidade é Acção

O significado deste selo é o seguinte: 
«O Prémio Dardos é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc... que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras. Estes selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web» 

Receber o prémio implica aceitar as suas regras, que neste caso são: 1 - Exibir a imagem do selo no blogue; 2 - Revelar o link do blogue que atribuiu o prémio; 3 - Escolher 10, 15 ou 30 blogues para premiar. 
Para cumprir a regra n.º 3, a seguir indico 10 blogues dedicados a temáticas relacionadas com sustentabilidade, a quem entrego este prémio:


A Toca do Rebento
Agricabaz
Alimentação Viva e Sustentável
Cantinho das aromaticas
Econsciência
Interbio
O Fojo
ORA Portugal
Permacultura Portugal
Supergreenme

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Portugueses dizem não aos OGM


Os alimentos geneticamente modificados não são bem vistos pelos portugueses. A conclusão é do Eurobarómetro "Europeus e Biotecnologia em 2010: Ventos de Mudança?" publicado, esta terça-feira. 



O relatório avaliou a posição das populações de vários países europeus dentro de oito grupos de tecnologias:  a biotecnologia e a engenharia genética, a energia solar, eólica, computadores e tecnologias da informação, o cérebro e o aumento da capacidade cognitiva, a exploração espacial, a nanotecnolgia e a energia nuclear. 

Paula Castro, professora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e das Empresas (ISCTE), que fez parte do grupo de trabalhos que elaborou este relatório, explicou que "há três dimensões, as tecnologias que poupam o ambiente, que são vistas como muito positivas, as tecnologias relacionadas com a saúde, que, a não ser que haja objecções muito grandes, são vistas como positivas, e depois há as tecnologias relacionadas com a alimentação, que são vistas como negativas." 


A sondagem revela que apenas 37 por cento dos portugueses encorajam esta tecnologia, longe dos 63 por cento de 1996.

"O apoio para os alimentos geneticamente modificados não tem tendência a subir na Europa. E cada vez mais está associado com dimensões éticas, não só de segurança" disse Paula Castro.

Fonte: Ecosfera

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Brasil - Programa "Soja Livre" quer combater oligopólio dos OGM


Associações de produtores rurais, indústrias proecessadoras e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Estado responsável pela pesquisa agrícola, lançam hoje 9 de Novembro de 2010, em Brasília, um programa para estimular a produção de sementes de soja não transgênicas e conseguir, assim, combater a formação de um oligopólio na oferta de sementes no País. 
Setores que utilizam a soja não modificada geneticamente afirmam que os grandes fornecedores de sementes reduziram a oferta de sementes convencionais aos produtores nesta safra e estão basicamente a comercializar quase exclusivamente grãos transgénicos.
“Baptizámos o programa de ‘Soja Livre’ para refletir a livre escolha, seja do produtor, da indústria ou do consumidor final. As pessoas têm o direito de escolher o que querem, se a soja não transgênica ou transgênica”, afirma Cesar Borges, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange) e presidente da indústria Caramuru, que processa soja não-transgênica.


Segundo ele, a comercialização de sementes está nas mãos de quatro ou cinco grandes empresas no País. Além da Abrange, também participa no programa "Soja Livre" a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja). 

A escassez de sementes não transgênicas vai reduzir a oferta de soja convencional na próxima safra de graõs, que começa agora a ser plantada no País.
O Brasil é o maior produtor e o maior exportador do mundo de soja não modificada geneticamente. E Mato Grosso, em particular, é o hoje o Estado com a maior produção de grãos não transgênico do País. 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cursos em Agricultura biológica



Chegou finalmente o tão aguardado curso de Agricultura Biológica homologado pelo Ministério da Agricultura! 


Estará a decorrer a partir de 22 de Novembro mais um curso de agricultura biológica da Agrobio, em duas cidades portuguesas uma no Sul e outra no Norte: Em Lisboa e em Braga.



Este curso tem a duração de 68 horas, em Horário pós-laboral.


Esta formação tem como público-alvo: Agricultores, mão-de-obra agrícola familiar ou trabalhadores agrícolas eventuais ou permanentes, sem formação ou experiência em Agricultura Biológica. Escolaridade mínima obrigatória. 
Pretende-se com esta formação qualificar os produtores para produzirem segundo o modo de produção biológico (Reg. (CE) nº 834/2007 do Conselho de 28 de Junho e respectivas actualizações). 

Para todos os interessados em agricultura biológica têm aqui uma excelente oportunidade para ficar a saber mais sobre o assunto.

Se ainda não frequentou, não perca agora esta oportunidade! 

Data Limite de inscrição: 10 de Novembro


E-mail: formacao@agrobio.pt 

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os Verdes belgas propoêm a introdução dum rótulo "sem OGM"

Deputados belgas de ambos os lados da fronteira linguistica, Theresa SNOY (Ecolo, francófono) e Kristof Calvo (Groen!, flamengo), apresentaram um projeto de lei permitindo uma generalisação da rotulagem dos produtos alimentares de origem animal "sem OGM" no pais.

Para os ambientalistas, a legislação europeia em matéria de OGM tem grandes lacunas. Na realidade, a rotulagem obrigatória de produtos que contenham mais de 0,9% OGM, não incluem os produtos de animais alimentados com alimentos geneticamente modificados, como carne, peixe, queijo ou ovos.

Nada distingue os produtos provenientes de animais alimentados com OGM dos outros. 
Os membros da Ecolo e Groen! propoêm a criação de um rótulo "sem OGM" na Bélgica, tal como já acontece na Alemanha, Áustria e nos hipermercados Carrefour na França.

Concretamente, isso significa que, voluntáriamente, o produtor pode indicar ao consumidor que o seu produto é certificado livre de OGMs. Os ambientalistas também defendem que se estabeleça, a mesma etiquetagem para a Europa.


Fonte: Belga

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Batatas biológicas: maiores e sem pesticidas!



De acordo com um estudo recente, a agricultura biológica pode ser o caminho para cultivar batatas maiores e livres de pragas. A mistura equilibrada de insectos e fungos em lavouras biológicas  realiza um excelente trabalho em controlar pragas, levando a plantas maiores, conforme afirmaram pesquisadores da Universidade Estadual de Washington, em Pullman. Batatas expostas a condições típicas de lavouras tratadas com pesticidas, apresentaram resultados piores nas analises da equipe de pesquisadores.

Estas descobertas poderão ajudar os bataticultores a reduzir pulverizações e usar mais os predadores naturais no controle de pragas, afirma o entomologista David Crowder, que conduziu o estudo publicado no periódico Nature.

William Snyder, co-autor do estudo disse que os agricultores estão sob pressão de empresas como a McDonald's – o maior consumidor de batatas dos E.U.A. – e que poderiam assim “esverdear“ as suas práticas. 

Fonte: Seattle Times
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